sábado, 2 de maio de 2015

Os primeiros sobrevivencialistas!

E se a sociedade sofresse um colapso? e se toda energia elétrica desaparecesse? E se as principais ferramentas para obtenção de alimentos  fossem estas?





E se tivéssemos que voltar a época de nossos avós e bisavós?
Quantos de vocês saberiam como cultivar aquilo que hoje e a base de nossa economia? Tudo aquilo que move as grandes industrias e grandes cidades?





Assistindo e lendo as principais noticias do nosso país, identificamos uma serie de problemas.
Poderia citar uma dezena ou centena deles, mas vamos nos concentrar apenas em alguns...
Crise energética e abastecimento de água potável.
Moro no extremo oeste paranaense, bem na fronteira com Paraguai, ou seja as margens do Lago de Itaipu, lago esse que banha 16 municípios e chega a 170 metros de profundidade em seu leito original, e acompanho as constantes baixas da água, causadas pela necessidade de geração de energia pela usina de Itaipu
Energia essa necessária para abastecer as principais cidades do Brasil, com a falta de chuvas vemos as represas do sudeste brasileiro, utilizadas para abastecimento e geração de energia, operando muito abaixo de sua capacidade.
Com todo esse cenário, fico pensando… quem de nós estaria preparado para voltar a viver dos frutos do seu trabalho na terra? 

Vocês saberiam conservar seus alimentos?
 Como iluminariam suas casas?
Pensando nisso fui atrás de quem viveu em 
uma época onde tudo era diferente, era mais calmo e mais tranquilo, onde se passava o tempo livre em uma roda de chimarrão … sim sou do sul e tomamos chimarrão… ao
invés de estar em seu quarto sentado na frente de um computador conversando via chat com algum integrante da família que esta ali no cômodo ao lado, ou até mesmo gerando audiência a programas de televisão que buscam cada vez mais nos alienar e moldar aos desejos consumistas de um novo mundo, mais tecnológico, mais artificial.
Conversei com pessoas que tiveram seus anos dourados cultivando a terra e batalhando para sobreviver em um lugar onde tratamento medico poderia estar a quilômetros de distância e dependiam exclusivamente das ervas que cultivavam em casa.
Que moravam em casas tão grandes quanto a quantidade de integrantes da família.
Casas estas com enormes porões onde se guardava todo tipo de comida, grãos, queijos, vinhos, o


vinagre de folhas das parreiras, as varas cheias de salame e carne
seca, e ainda um defumador cheio. Recordo de meu avô falando para minha avó “ É… ta acabando a linguiça, temos que carnear de novo.” Latas e mais latas de carne de porco na banha e outras cheias de torresmo, o barrilzinho cheio da mais pura cachaça e as varas com os rolos de fumo enrolado, aquele mesmo... O de fazer palheiros. As latas de querosene que abasteciam os lampiões e lamparinas para a iluminação da casa e as vezes pátio.
As tabuas cheias de sabão, aquele feito em casa com o sebo de boi derretido. Aquele utilizado pra lavar as roupas lá na gamela com água trazida da vertente com baldes, ou lá no rio em cima das pedras… Sim, naquela época podia se lavar as roupas no rio sem nenhum medo de alguma contaminação!
A boa e velha roda d' água era um luxo, afinal ela trazia a água fresquinha até a casa.
Do tempo em que ao acordar o primeiro odor que se sentia era o de fumaça do fogão a lenha, misturado com o cheirinho bom de café recém passado e waffles quentinhos feitos na forma de ferro.
Lembro de meu avô, com palhas e um pedacinho de fumo no bolso, colocando os bois na canga, carregando o arado na carroça e
chamando os cachorros para mais um dia de trabalho na roça. Sempre com sua espingarda, seu facão e
seu pica-fumo como companheiros.
E quando precisava de carne, voltava com uma caça que alimentaria a família e aos vizinho por uma semana!
sim aos vizinhos também... era mito mais proveitoso dividir a caça do que jogar a carne que sobrava fora...
e quando me refiro a vizinhos não me refiro a família que mora na casa ao lado, aquela com quem dificilmente falamos e que quando cumprimentamos ou somos cumprimentados, recebemos ou devolvemos o mesmo cumprimento, frio e sem entusiasmo que estamos acostumados.
Quando digo vizinhos me refiro a família que morava as vezes a quilômetros de distância e que se visitavam apenas para levar um pedaço de carne da caça, tomar um mate e saber como estão as coisas.
Vocês saberiam como passar suas roupas com um desses?
Ou até mesmo tomariam banho em um chuveiro de balde?
conseguiriam fazer o próprio pão?
Pois é, a maioria das pessoas ainda rotulam sobrevivencialistas como "lunáticos", "loucos" e sei lá mais o que.
Mas digo-lhes uma coisa, nossa sociedade só prosperou devido aos esforços dos primeiros sobrevivencialistas, nossos avós e bisavós que tiraram o sustento de uma sociedade inteira da terra arada com as próprias mãos!

Espero que esse texto tenha lhes trazido boas recordações ou se não apenas a curiosidade para pesquisar mais sobre o assunto.

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