segunda-feira, 18 de maio de 2015

Peixes dos Nossos Rios II

Olá a todos leitores.
Esta e a segunda postagem da serie sobre os principais peixes dos nossos rios e lagos.
Pesca para  muitos é um esporte, para outro apenas lazer, mas para alguns profissão e sustento para famílias. A pesca pode ser bastante frustante se voce não souber como capturar o peixe que você se dispões a pescar.
Espero que esta pequena postagem os ajudem a esclarecer algumas dúvidas e fazer com que sua pesca se torne mais agradável e produtiva.

Se você não leu a primeira parte do especial sobre peixes clique no link
http://www.sevirando.com.br/2015/05/peixes-dos-nossos-rios.html



                                                      Pirarara 

Peixe de couro, tem coloração cinza escuro nas costas e branca na parte de baixo, assim como um tubarão. Sua cauda é avermelhada, mas esta coloração também aparece na barbatana dorsal. É um peixe onívoro, comendo praticamente tudo que encontra no fundo dos rios, entre outros peixes, frutas, moluscos e crustáceos. A Pirarara junto com a onça-pintada e o jacaré são os maiores, senão únicos predadores do peixe piranha.

Pode chegar a 60 kg e 1,5m de comprimento

HabitatFrequenta os rios de médio e grande porte da Amazônia sendo que gosta particularmente de poços e canais, podendo até frequentar algum banco de areia com média profundidade se ali houver alimento.
Como Pescar: Deve-se utilizar equipamento de ação pesada. A vara deve ser firme para proporcionar uma boa fisgada, a carretilha ou molinete deve armazenar 150m de linha com 0,60mm de diâmetro e os anzóis devem ser encastoados com tamanho 10/0 a 14/0. Ancorando-se o barco próximo ao poço ou canal, procede-se arremessando a isca utilizando-se chumbo para que a isca atinja o fundo. Facilmente se captura uma pirarara em um pesqueiro com massa e pedaços de outros peixes, como por exemplo a tilapia.

Dica: Após a fisgada brigue com paciência, pois não é raro que se brigue mais de uma hora antes de se embarcar o peixe.
Melhor época: pode ser capturado durante todo o ano, respeitando-se, é claro, a época de piracema.


                              Tilápia


                                    



A Tilápia é um peixe de escamas, com corpo um pouco alto e comprimido. Possui coloração verde-oliva prateada, com sobras verticais negras. A cor da nadadeira dorsal também é verde-oliva, com uma linha vermelha e branca até cinza-escuro com pontos oblíquos. Já a nadadeira caudal é pontuada na porção dorsal, vermelha ou amarela na porção ventral. Pode atingir 45 cm de comprimento e 2,5 kg de peso.
A tilápia apresenta carne de ótima qualidade, com boa aceitação no mercado consumidor e por não apresentar espinhos na forma de “Y” no seu filé.
É uma espécie apropriada para a indústria de filetagem, tornando-a uma espécie de grande interesse para a piscicultura.

 
Habitat: Originárias do continente africano, mais precisamente do rio Nilo, as Tilápias Nilóticas povoam as águas lênticas de lagoas e represas por todo o Brasil.
Técnicas de pesca: Deve-se utilizar uma vara telescópica com 2,10 a 4,20m de comprimento, linha 0,25mm de diâmetro com o comprimento da vara, boia pena, chumbo fixo na linha e um anzol com
tamanho variando entre número 12 e 14. Como as Tilápias Nilóticas dificilmente se alimentam de pequenos animais (insetos, minhocas, etc), as melhores iscas serão: capim, erva doce, milho verde cozido e massa. Recomenda-se o uso de três varas ao mesmo tempo,
com uma isca diferente em cada vara, pois assim pode-se descobrir qual a isca de preferência do peixe e passar a pescar com a mesma isca nas três varas. Também é recomendado que se faça uma ceva com milho e capim, para que a concentração dos peixes aumente.
Dica: A produtividade da pescaria é maior durante a noite, com uma lanterna apontado para a água, pois as Tilápias são atraídas pela luz e não enxergam o pescador.
Melhor época: Podem ser pescadas durante todo o ano, sendo que no verão é mais fácil de serem
capturadas, pois se alimentam com mais freqüência



                                                                  Carpa  



                                  
Peixe de água doce de origem asiática. Existem várias espécies de Carpa, como por exemplo: Carpa Capim, Carpa Húngara, Carpa Cabeça Grande, Carpa Comum, Carpa Chinesa, etc.
A carpa possui uma boca pequena e rodeada de barbilhões curtos, e pode chegar a 1m de comprimento, resistentes por natureza à águas de baixa qualidade, algumas carpas podem chegar até os 60 anos de idade, apesar da estimativa de vida média seja de 30 a 40 anos.


Habitat: Vivem em rios e represas sendo mais facilmente encontradas nas regiões sul e sudeste do Brasil. É amplamente utilizada para psícultura.
 Como pescar: Deve-se utilizar equipamento de ação média, composto por vara para linhas de 8 a 17 Lbs, carretilha ou molinete com capacidade para 70m de linha com 0,40mm de diâmetro e anzóis tipo maruseigo de tamanho 1/0 a 3/0. Pode-se pescar tanto de fundo como com bóia, sendo que as melhores iscas são as minhocas e massas de mandioca com um pouco de sal e queijo.
Dica: Para atrair a atenção deste peixe, faça uma ceva de pão ou pipoca.
Melhor época: Durante todo o ano, respeitando-se as épocas de reprodução é claro.


          Traíra   

                                   
                            


A Traíra é um peixe de escamas. Possui corpo cilíndrico, boca grande, olhos grandes e nadadeiras arredondadas, exceto a dorsal. Sua coloração é marrom ou preta manchada de cinza. Possui dentes poderosos e afiadíssimos. 

Apesar do excesso de "espinhos", em algumas regiões é bastante apreciado como alimento.  Podendo atingir até 60 cm de comprimento e 4 K de peso.
Habitat: Vivem em águas paradas nas represas, lagoas e brejos em todo o Brasil. Têm alta resistência a locais com pouco oxigênio.
Técnicas de pesca: Na maneira mais tradicional de se pescar
Traíras deve-se utilizar um varejão de bambu de aproximadamente 4,0m de comprimento, linha de 0,40mm de diâmetro, boia, empate de aço com 10cm de comprimento e um anzol com tamanho de 1/0 a 6/0. Como iscas, deve-se utilizar: lambaris, rãs e miúdos de frango.
Outra forma de se pescar, é utilizando equipamento de ação média, composto por uma vara para linhas de 10 a 20Lbs, um molinete ou carretilha que comporte 100m de linha 0,40mm de diâmetro, um empate de 10 cm de comprimento e iscas artificiais. As melhores iscas serão: plugs de superfície, plugs de meia água e spinner baits.
Procede-se arremessando-se as iscas naturais ou artificiais em
locais onde haja paus, pedras e capim.
Dica: Tome sempre muito cuidado com os dentes da Traíra, pois ao morder ela dificilmente larga, tendo muitas vezes que ser morta para abrir a boca.
Melhor época: As Traíras se alimentam com maior freqüência no verão, quando a temperatura ambiente é mais elevada.



Espero mais uma vez ter ajudado a todos, e lembrem-se, pesca predatória é crime e a principal causa da escassez de peixes em nossos rio e lagos. Respeite sempre  a época da piracema e se não for por motivo de sobrevivência ou subsistência, devolva o exemplar a água.
Se você não leu a primeira parte do especial sobre peixes clique no link
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